sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Produção da indústria tem resultado positivo

Foto: DivulgaçãoA produção da indústria brasileira ficou em 0,1% em julho, na comparação com o mês anterior, apresentando o quinto resultado positivo nessa base de comparação. Foram registradas taxas positivas em 2 das 4 grandes categorias econômicas e em 11 das 24 atividades. E com esse quinto resultado positivo, o ganho acumulado ficou em 3,7%.

Já em relação a julho do ano passado, o tombo da produção foi de 6,6%. Mesmo assim, a atividade fabril acumula queda de 8,7 nos primeiros sete meses do ano e de 9,6% em 12 meses.

O IBGE revisou o crescimento de junho para 1,3%. Em maio o crescimento foi de 0,4%, em abril, de 0,5%, e março foi revisado, para 1,4%.

“Essa sequência de resultados positivos não era vista desde 2012, mais especificamente desde abril até o mês de agosto de 2012. E nesses cinco meses, há ganho acumulado de 3,7%. Vale o destaque que mesmo com a sequência de resultados positivos, o setor industrial ainda tem caminho importante a ser recuperado, dado às perdas importantes que foram observadas principalmente no ano passado para a indústria como um todo”, analisou André Macedo, gerente de indústria do IBGE.

Segundo o IBGE, mesmo com o comportamento positivo nos últimos cinco meses, a indústria recuperou apenas parte da perda registrada ao longo de 2015.

“Mesmo com essa sequência de resultados positivos, o total da indústria ainda opera em níveis de 2009, mais especificamente fevereiro de 2009. Ou seja, são cinco meses de crescimento, mas não significa que as perdas foram recuperadas, ou que o setor está operando no seu ponto mais alto. É uma recuperação sob uma base de comparação mais baixa”, completou.

Segundo Macedo, trata-se de uma situação melhor do que no passado recente, "mas ainda assim há caminho importante a ser percorrido".

Comparação anual

Na comparação com julho de 2015, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-10,7%), indústrias extrativas (-9,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (-13,8%) exerceram as maiores influências negativas. “O principal impacto negativo do setor de derivados do petróleo e combustíveis tem reflexo claro na retração da demanda doméstica”, diz Macedo.

“O julho deste ano, com 21 dias úteis, mostrou dois dias úteis a menos do que o julho de 2015. Isso claro traz influência negativa para esse tipo de comparação. Mas é obvio que isso não explica a permanência no comportamento negativo no setor industrial, explica a magnitude. Em termos de atividade, esse espalhamento persiste. Em termo de difusão de produtos, a gente observa espalhamento também, cerca de 2/3 dos produtos investigados permanecem no campo negativo. Ela pode ajudar um pouco a intensidade da queda, mas não a queda em si”, diz Macedo.

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